Ao
encerrarmos mais um ano pastoral tenho uma desagradável sensação de “dejá vu”.
Não porque o fazemos no mesmo local há alguns anos, porque acho perfeito este modo de encerrar o ano,
mas porque volta a ter este ano, um amargo sabor a despedida.
Vindo
da Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus, o Pe. Jorge
quis fazer uma experiência de paroquialidade na nossa diocese. Apresentou-se
aqui na paróquia há cerca de dois anos, com a simplicidade e a humildade que
entretanto lhe fomos conhecendo, reconhecendo a sua inexperiência e pedindo a
nossa ajuda. Não sei quais as expectativas que então trazia, mas acredito que a
perspectiva de uma paróquia aparentemente bem organizada, parecesse um desafio
fácil de superar, que pudesse criar a vontade de continuar como padre
diocesano, abandonando a Congregação de origem, após os três anos de
experiência que lhe foram concedidos.
Não
foi o que aconteceu! Se gerir uma
paróquia não é de todo fácil, gerir duas parece ter complicado as coisas. Acrescentemos-lhe
os conflitos sempre latentes entre as pessoas, geradoras de divisões pouco
saudáveis numa comunidade cristã, e eis criadas as condições para que o Pe.
Jorge decidisse não continuar a experiência. Frustrámos-lhe as expectativas! Pessoalmente lamento esta decisão (e creio que muitos
partilham esta minha opinião). O Pe. Jorge, poderá não ser um bom gestor
paroquial, mas é, sem dívida, um excelente padre, com tudo aquilo que eu
entendo que um padre deve ser: um homem ao serviço da fé, que a testemunha e transmite
como poucos. E é de padres assim que a Igreja precisa actualmente. E é este
padre que nós não soubemos manter.
Mas
acredito que nem só de momentos tristes foi composta a sua breve passagem entre
nós. Houve certamente muitos momentos felizes. E é um pouco desses momentos que
a Catequese Paroquial pretende que recorde em tempos futuros, nesta singela
oferta:
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